1/13/2005

O joio, o trigo e a informação

A construção e manutenção de ambientes de informática seguros vêm se tornando uma das principais preocupações de todas as organizações. Desde que a “grande rede” intrometeu-se definitivamente na vida corporativa, os sistemas de informação empresariais passaram a sofrer ameaças nunca antes imaginadas. De fato, descobrimos que a Internet tem um lado sombrio e sinuoso. Muitas vezes ela revela-se uma verdadeira “terra de ninguém”, um palco nebuloso onde o engodo, a mentira e as meias verdades trazem insegurança e prejuízos.

Ano após ano, assistimos ao crescimento da dependência que pessoas e empresas tem da Internet para estudar, vender, comprar, pagar contas e fazer investimentos. Simultaneamente, também constatamos a escalada dos incidentes de segurança e novas formas de fraudes. Por tudo isso, autoridades, empresários e profissionais de informática estão preocupados com a segurança de seus sistemas de informação e a continuidade dos seus negócios.

Vários estudos e estatísticas sobre segurança de sistemas atribuem prejuízos consideráveis aos ataques de “hackers”, “crackers” e gangues cibernéticas. Porém, na prática, estes prejuízos são difíceis de calcular e até mesmo comprovar. O tema além de complexo é delicado e todos têm muita cautela para fazer estimativas. Muitos até preferem o silêncio. Na verdade, embora o terreno das suposições seja fértil para quem gosta de “viajar na maionese”, como diz o ditado, “onde há fumaça há fogo”.

Trocando em miúdos, parece que a segurança da informação é a “bola da vez” no jogo do mercado de tecnologia da Informação. O assunto tem conquistado mais atenção por parte das empresas e do governo e, com certeza, os projetos para segurança de sistemas corporativos receberão mais recursos em 2005.

Por outro lado, existe muito “disse me disse”, mitos e lendas. Existem profissionais competentes que tratam seriamente do assunto, mas infelizmente, também encontramos os pescadores de águas turvas que fazem terrorismo para vender o seu peixe e muitas vezes não sabem o que dizem. É importante aprender a separar o joio do trigo.

Talvez a busca de informação confiável e o debate sejam os primeiros passos para encontrar soluções, porém precisamos ir além das palavras e realizar ações concretas. Naturalmente, soluções eficientes têm seu preço, e debates que não produzem novas idéias e resultados são estéreis como as areias do deserto e não passam de conversa fiada.

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