6/24/2005

Processos: A alma do negócio



Segundo James Harrington, um processo é um grupo de tarefas inter-relacionadas, que utiliza recursos de uma organização, com o propósito de gerar os resultados necessários para consolidar os seus objetivos de negócio. Portanto, é fácil perceber que a prática da gestão de processos é vantajosa e deve receber tratamento estratégico por parte das empresas.
Ora, uma empresa é construída sobre processos do negócio, da mesma forma que um edifício é erguido sobre suas fundações. Quando estas são frágeis, o desabamento do edifício é certo. Assim, quando os processos estão bem estruturados, a empresa consegue bons resultados. Quando os processos são confusos e as pessoas não sabem o que fazer, a empresa corre perigo.
A partir dos anos 80, a evolução tecnológica produziu um grande salto de progresso no mundo. As distâncias desapareceram e os continentes foram integrados em um imenso mercado global. Concomitantemente, surgiu a percepção de que as empresas, a exemplo dos organismos vivos, estão sujeitas às incertezas e mudanças provocadas pelo meio-ambiente onde atuam. Isso significa que, acontecimentos de natureza econômica ou política podem afetar o mundo inteiro em poucas horas.
Nesse cenário de instabilidade, a concorrência, a necessidade de inovações, a ditadura do consumo e a urgência para reduzir custos estão impondo uma dinâmica frenética na vida das empresas. Inevitavelmente, para se manterem vivas no mercado, elas precisam ajustar os seus processos de negócios freqüentemente.
A gestão de processos é a ferramenta certa para auxiliar as empresas a enfrentar esse desafio. Dentro dessa perspectiva, a tecnologia da informação é uma aliada poderosa, contudo, ela não deve ser considerada como a salvadora da pátria. Ao contrário, os sistemas de informação devem ser vistos como atores coadjuvantes na gestão empresarial. A sua implementação e funcionamento devem seguir a orientação determinada pelos processos de negócios.
Muitos erros são cometidos na implantação de sistemas corporativos. Um certo número deles acontece porque os processos de negócio são desconsiderados no planejamento da implementação. Isso ocorre porque as empresas decidem acelerar o projeto e, ao mesmo tempo, economizar recursos cortando serviços de consultoria em análise de processos. Algumas vezes, estas decisões acabam comprometendo irremediavelmente o resultado do projeto. Os prejuízos, muitas vezes, são incalculáveis. Por isso, concluímos que, implementar sistemas de informação em uma empresa sem analisar os seus processos de negócio é uma temeridade. Embarcar em uma aventura como essa só pode ser comparada com a tolice de construir uma casa a partir do seu telhado.

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