3/29/2012

Forte dos Reis Magos em Natal/RN

O Forte dos Reis Magos está localizado na foz do Rio Potengi e tem o formato de uma estrela. Ele recebeu esse nome porque a sua edificação começou no dia 6 de janeiro de 1598, em homenagem aos Santos Reis, comemorados naquele dia.
Erguido originalmente em taipa sobre os arrecifes, o forte recebeu várias melhorias nos anos seguintes, como o revestimento de suas muralhas com pedras. Na 2a década do século 17, o engenheiro Francisco Frias de Mesquita construiu as partes internas da fortificação. Na imagem ao lado, pode-se ver o forte ao fundo, sobre a faixa de arrecifes onde foi construído.

No dia 12 de dezembro de 1633, os holandeses tomaram a fortaleza, mudaram seu nome para “Castelo Ceulen” e lá permaneceram até janeiro de 1654, quando foram expulsos. Novamente sob o domínio português, a fortificação retomou seu nome original: Fortaleza dos Reis Magos.
Atualmente, o forte é tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional e no seu interior há um museu e uma pequena loja onde podem ser adquiridas lembranças.
O forte dos Reis Magos é um símbolo da mistura de culturas que se enfrentaram durante o processo de colonização do Brasil. Além dos índios potiguares, os habitantes naturais, portugueses, holandeses e corsários franceses estiveram na região, deixando sinais de sua passagem, bem como sua contribuição para a formação de uma cultura miscigenada e singular.

3/25/2012

Capoeira: Espetáculo da Cultura Brasileira

A capoeira pode ser considerada, em sua origem, uma luta marcial dos africanos. No tempo da escravidão, os negros capoeiristas, além de temidos, eram caçados. Hoje ela é admirada e, em Natal, tornou-se um espetáculo e um meio de vida que esbanja energia e mostra a beleza de nossa cultura.

Experimentei, com prazer, as sensações de um belíssimo show de capoeira na praia de Ponta Negra, em Natal. Além dos golpes e peripécias dos capoeiristas, chamou-me também atenção a mistura de línguas em volta da roda de capoeira. Eram turistas brasileiros, italianos, suíços, alemães, americanos que, encantados, admiravam o espetáculo. Podíamos ouvir o berimbau acompanhando os cantos que misturavam o português com línguas africanas e, ao mesmo tempo, escutar as palavras de admiração que os estrangeiros proferiam em suas línguas. Naquele momento, viajei no tempo e no espaço e cheguei à Torre de Babel.

Não existem mais fronteiras. O mundo contemporâneo tornou-se uma aldeia global onde as culturas se encontram e se misturam. Nunca foi tão urgente o reconhecimento do outro e o respeito ao seu estar no mundo. Suponho que os professores de línguas precisam investir tempo e esforço para inserir-se nessa nova realidade e aprender a lidar com as diferenças. Penso que esse é um novo caminho para o desenvolvimento do ensino e da aprendizagem.

Orlando José Ribeiro dos Santos