1/20/2005

Prevenir é mais barato

Mais uma vez enfrentamos um dilema para o qual não fomos preparados. O desenvolvimento tecnológico, ao massificar a informação através da Internet, produziu, como efeito colateral, a desinformação e a insegurança digital. De fato, valores como privacidade e segurança da informação encontram-se sobe o fogo cerrado das ameaças virtuais. Contudo, não convém condenar a “grande rede” por conta dos efeitos negativos advindos de seu uso ilícito. Afinal, não é justo ignorar os grandes avanços que a “net” tem proporcionado em todas as áreas do conhecimento humano.

Os ataques à privacidade, o roubo de informações e o vandalismo tecnológico, assim como outros “incidentes” digitais viraram “carne de vaca”, isto é, podem ser encontrados em qualquer lugar. Eles estão no micro nosso de cada dia. Escondem-se nas empresas, no cyber café e nos espreitam a cada e-mail recebido. “É um babado louco”. O perigo e a confusão aumentam na medida em que as pessoas desconhecem os riscos que correm no “cyber space”. Muitas empresas, principalmente as pequenas e médias, ainda não estão prontas para lidar com questões tão complexas e sobretudo novas.

Contudo, não é por acaso que alguns empresários e profissionais de TI estão mudando o seu ângulo de visão a respeito de segurança de informação. Eles estão descobrindo que é mais barato prevenir do que remediar. Afinal, eles estão sentindo na própria pele (ou será o bolso?) que os prejuízos causados por ataques de hackers e vírus são, normalmente, mais vultosos do que os investimentos que eles precisam fazer para tornar suas empresas mais seguras.

Certa vez, alguém me disse que a melhor maneira para alguém aprender alguma coisa na vida é observar os erros cometidos pelos outros. Porém, como passamos a maior parte de nosso tempo olhando para o nosso umbigo, deixamos de tirar valiosas lições do fracasso alheio. É uma pena, pois evitaríamos muitos sofrimentos, desperdício de tempo e dinheiro. Sem dúvida, é mais vantajoso olhar o que está acontecendo à nossa volta, “ficar esperto”, pois, se a gente vê a barba do vizinho pegando fogo, dá tempo para colocar a nossa de molho.


* Artigo Inédito

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